segunda-feira, 1 de junho de 2015

Nunca pensei ou desejei ser o humano mais perfeito, não que eu queira ser perfeito, tenho tentado ser o melhor que posso ser. Às vezes exagero a ponto de querer ajudar todos os mendigos e bêbados que encontro pela cidade e dou risada de mim mesmo. Tenho medo que se afaste de mim por saber que sou desastrado, e não sei contar moedas, que derivados do leite me dão dor de barriga, que insisto em contar piadas mesmo não sabendo e quando estou com sono fecho só um olho na tentativa de dormir e fingir que estou acordado... que sou louco.

Que em mim existem duas personalidades, um velho e um louco. O velho é chato, está sempre me mostrando as consequências antes das causas, não deixa que eu fique pensando muito tempo em você, me isola tirando todas as esperanças das minhas mãos. Ele sabe das coisas que não darão certo. 
O louco espera te encontrar em um universo paralelo para deitar ao seu lado, te olhar nos olhos dizendo o quanto sonhou e esperou por aquele momento, querendo te abraçar até perder o ar, ficar embriagado pelo seu cheiro. Enquanto o velho, coberto de melancolia, vai rir de contentamento, pois esse também é o seu sonho.

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